Não finjo o amor que sinto,
nem o pranto que derramo.
Mas sei sim, que do amor que amo,
já amo tanto que não sei se minto.
Assombra-me por tanto amor,
que já não sinto outro contentamento,
e vez por vez, vem-me um pensamento
que, de pensar, tanto me traz temor.
Perder isso é perder a alma,
entrar em um poço sem saída,
dizer olá à morte e adeus a vida,
É banhar-se em tormento a pura calma.
Medo, tenho tanto,
de perder essa alegria.
Que já tanto eu queria,
silenciar por fim esse meu pranto.
Como é grande o sentimento,
que já transborda do peito.
E cega-me já todo defeito,
que passa como passa o vento.
É tanto amor que me fascina,
assusta e me encanta,
e embora o medo desencanta,
quanto mais aprendo, mais ele me ensina!
E por todo bem que isso traz,
perder-te, já eu não quero...
E sim amar, é o que eu espero,
a cada dia... mais e mais!
Luan Kleyton